segunda-feira, 5 de março de 2012

Crepúsculo




Ah o crepúsculo, o cair da noite, o acender das luzes nas grandes cidades
 
E a mão de mistério que abafa o bulício,
E o cansaço de tudo em nós que nos corrompe
para uma sensação exata e precisa e activa da Vida!
Cada rua é um canal de uma Veneza de tédios
e que misterioso o fundo unânime das ruas,
das ruas ao cair da noite, ó Cesário Verde, ó Mestre,
Ó do «Sentimento dum Ocidental»!
                                    Álvaro de Campos, Poesias
                                      (fragmento de «Dois excertos de Odes)

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