quarta-feira, 30 de junho de 2010

Apontamentos

De passagem pela R. Prior do Crato,

encontra-se a Travessa da Trabuqueta

onde se é possível observar este mimo

e esta inevitabilidade

Logo abaixo, na R. Gilberto Rola, algumas casas de fado, as que ainda são e as que já foram ...

terça-feira, 29 de junho de 2010

ALFAMA

Dar uma volta por Alfama ao som deste fado, nas vozes de Fernando Maurício e de Natália dos Anjos, é o que vos proponho. Este é um dos bairros de Lisboa, de grandes tradições fadistas, onde não faltam Casas de Fado e quem o cante, bairro que o Conde de Sobral apresenta assim:

"Alfama, bairro velhinho / monumento de saudade / sacrário de tradições / Tens um lugar de carinho / e de sincera amizade / nas minhas recordações" ...

A música é do inspirado Casimiro Ramos

Bom passeio! Bons Fados!

segunda-feira, 28 de junho de 2010

TOPÓNIMOS

A toponímia foi matéria que sempre me interessou e cada vez mais... Ontem, por exemplo, a caminho de Alfama, ao passar na R. do Paraíso, a primeira questão que me coloquei foi a razão deste nome, pois, por certo, que esse nome tanto teria a ver com o bem estar dos seus moradores, como o teria o da Travessa do Meio (de quê?...) ou o da Calçada do Cascão, por exemplo, ambas ali ao lado...
Procurando a razão desses nomes, apurei, afinal, através de um excelente serviço que a C.M.L. disponibiliza on line, que a R. do Paraíso deve o seu nome ao facto de ali ter existido "uma pequena ermida que resistiu ao terramoto, a Ermida de Nª Sr.ª do Paraíso, que conforme afirma o olisipógrafo Norberto de Araújo nas suas «Peregrinações em Lisboa» (vol. VIII, pp. 79): « já existira em Santos-O-Velho, foi erguida neste sítio em 1562, por mercê de um cavaleiro da Ordem de S. Tiago, Diogo Pereira, com a condição de que em tempo algum pudesse sair da Irmandade o domínio da Ermida. Serviu de sede paroquial de Santa Engrácia desde 1630, e, depois de 1755, continuou a dar albergue àquela paroquial até que esta foi transferida para a Igreja do Convento dos Barbadinhos (1835)»." ... e fiquei muito mais descansada!
Porém, não encontrei explicação para o facto de a Travessa do Meio assim se chamar, arruamento, de resto, "condecorado" como sendo "Rua Mais Florida", do que não vi rastro, por isso também motivo não tendo encontrado...

Já no que se refere à Calçada do Cascão, cujo nome, embora me remetesse de imediato para a personagem homónima, da "Turma da Mónica", que não primava pela limpeza, vim a confirmar estar relacionado com o de outro "alguém" mais real
"Álvaro de Avelar residia e possuía nesta rua várias casas que foram herdadas por sua filha Inês Ferreira. Esta, por ter sido sempre solteira fez herdeira a sua irmã, Violante de Aguiar, que tinha já casado com o tratador de mercadorias João de Cascão, aquele que originou o nome da artéria que, em 1625, já se denominava Rua de João de Cascão. A partir de 1831 e até à 2ª metade do século XIX passou a ser a Travessa de João de Cascão e só mais tarde, Calçada."

Porém, não se esqueceu um qualquer Cascão de deixar por ali a sua marca

que já teria sido lavada, provavelmente, se as lavadeiras ainda por ali pernoitassem...
"...até fins do séc. XIX, esteve instalada no n.º 9 a estalagem do Mascato, destinada às lavadeiras que vinham à cidade com as suas carroças e machos. Cerca de 1800, funcionava no n.º 15 um Centro Republicano. E nas casas que foram de Álvaro de Avelar, instalou-se a partir de 1854 uma fábrica botões (a Fábrica Schalck), razão para que os moradores a designassem no início do século XX como Calçada dos Botões."
Resta-nos a memória desses tempos longínquos que esta lápide assinala, mas de cujo teor apenas algum generoso latinista nos poderá dar conta
Do Ano de Cristo de 1646,
"Uiueret ut pietas Lusitan"

domingo, 27 de junho de 2010

Da Almirante Reis ao Martim Moniz passando pela Bombarda

Com início na Av. Almirante Reis, subindo a R. Andrade, passando pelas R. Mª da Fonte, Rua da Bombarda, Rua das Olarias, entrando na R. dos Lagares a descer até ao Largo do Terreirinho e finalmente alcançando o Martim Moniz, este percurso desvenda uma Lisboa pouco conhecida e esquecida, em ruína, de grande pobreza, mas onde, mesmo assim, seja lá pelo que for, se encontra o brilho, aquela luz capaz de transformar um farrapo numa obra de arte... sem falácias, olhem lá!

Desta vez (e outras haverá), para tornar a viagem ainda mais interessante, resolvi não legendar as fotos e apresentar estes pedaços de tecido urbano como manta de retalhos... a ver se alguém tem a paciência, o tempo e a sabedoria para resolver este quebra-cabeças!... Até mesmo porque "EDUCASSÃO É ICENSSIAL" !...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Palacete dos Condes de Sabrosa

na R. do Possolo, 72 - 76, tornejando para a R. de Sant'Ana à Lapa,

tem, como inquilinos, duas embaixadas, a do Principado de Andorra

e a da Finlândia

Azulejos da fábrica do Rato

domingo, 20 de junho de 2010

um FILANTROPO - o Conde de Agrolongo

Conforme regista o Dicionário "Editora", filantropo designa que ou aquele que trata de melhorar a situação dos homens. Tal foi considerado , José Francisco Correia, um emigrante ilustre e altruísta, a quem D. Carlos deu título de Conde de Agrolongo, assim lhe reconhecendo a nobreza que, mais do que a do sangue marca os homens, a nobreza de espírito.
A lembrar este homem que, com os mais desvalidos partilhou os seus bens, esta lápide que assinala o edifício que foi "Creche de Santa Helena para a Infância Pobre - Instituída e mantida a expensas do Conde de Agrolongo" e que foi posteriormente Instituto; na Tr. do Possolo, em Lisboa.
Ocorrer-me-ía perguntar -Ainda haverá FILANTROPOS, é raça em extinção ou já acabou mesmo ? Pois não! Também, nem admira!...

sábado, 19 de junho de 2010

CATAVENTO

No mar e em terra, é avisado saber de que lado sopra o vento!...

Não ser um catavento...

Por vezes, lutar contra cataventos...

Cataventos, lembrar um Património que anda um pouco esquecido :-)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

PARIS em Lisboa

Hoje passei por aqui...

... a VERGONHA é que ainda não!

quase tudo foi dito acerca do estado em que se encontra este edifício que, nos seus melhores tempos, era assim

mas nunca será demais lembrar este caso que continua por resolver há 30 anos!!!???...

Lamentável!